PALAVRA DA CÉLULA 06/02/2014
Hoje
Deus nos dará mais uma oportunidade de entendermos a importância que a família
possui para ELE, seja de sangue ou família da fé (igreja).
Genesis 41: 37-43 – ler antes de
ministrar.
Para quem já conhece ou não a história
de José, filho de Jacó com Raquel, esse texto poderia ser o final de uma das
histórias de maior fé e superação já relatadas na Bíblia.
RESUMO
DESSA HISTÓRIA:
Trata da história de um jovem de 17 anos que era o filho preferido de Jacó (Israel)
que foi traído por seus irmãos mais velhos que tinham ciúmes dele, aprisionado
em um poço por eles, vendido como escravo para uma caravana, dado como morto
por seu pai Jacó cujos filhos disseram que foi morto por animais selvagens,
vendido novamente como escravo para um homem importante do Egito, foi acusado
injustamente por assédio sexual pela esposa desse homem, foi preso, no cárcere
interpretou sonhos, dom esse dado por Deus, que mais tarde o colocou diante de
Faraó para interpretar um sonho que nenhum mago do reino do Egito conseguiu e
por fim foi colocado como o homem mais poderoso para governar o reino do Egito,
logo abaixo de Faraó que era considerado como Deus nessa época.
Que história de superação e poder de
Deus a favor desse homem. Nossos olhos naturais se contentariam com essa
história se ela terminasse no versículo 43.
José se contentaria com essa história
se ela parasse por aqui. Casado, pai de dois filhos que representavam, o
primeiro, o esquecimento de um passado que ficou para trás e outro que
significava a prosperidade no tempo de sua aflição, seus irmãos angustiados
para sempre por o terem traído e mentido para seu pai e Jacó entristecido pelo
resto da vida pela perda de um filho muito amado.
Acontece que nenhum passado mal
resolvido fica esquecido para Deus e nenhuma riqueza terrena trará refrigério
para dívidas espirituais. Nos nove capítulos finais do livro de Gn. Deus segue
com a principal restauração que estava por vir na vida de José, a restauração
familiar.
Quando lemos os dois primeiros
capítulos de Gênesis verificamos a importância que tem para Deus a instituição
chamada família.
Em Gn1:28 lemos que Deus fez o homem e
a mulher e os abençoou. Em Gn.2:18 lemos que Deus diz que não é bom ao homem
viver só e lhe faz uma auxiliadora idônea. Em Gn.2:24 Deus declara que o homem
deixará seu pai e mãe e será uma só carne com a sua mulher. Isso fala de
casamento, filhos, descendência, família, da verdadeira prosperidade.
Havia algo que angustiava a vida de
José que sua fama, poder e riqueza não puderam curar. Seus irmãos foram ao
Egito em busca de alimentos, pois havia fome sobre a terra e sem reconhecê-lo
se encontraram com José que os reconheceu e foi duro com eles em um primeiro
momento, chegando a aprisioná-los e mantendo um de seus irmãos aprisionado
enquanto fossem buscar seu irmão mais novo, Benjamim, para trazê-lo até a sua
presença.
Por mais que Deus fosse com José em
todos os momentos da sua aflição, o testemunho de família precisava ser gerado
a partir do conserto entre ele e seus irmãos. Quando José viu seu irmão
Benjamim chorou um choro que até quem estava longe pode ouvir o seu lamento
pelo palácio.
Por fim, José e seus irmãos se
reconciliaram, Jacó voltou a se alegrar em saber que seu filho estava vivo e
até Faraó quando os conheceu decidiu entregar cereais, os colocou de chefes do
gado e a melhor terra para eles viverem. Entenda que naquela época para os
egípcios até comer com o povo Hebreu já era algo considerado imundo. Que
tremendo é o poder de Deus para aqueles que Nele esperam. Ele age e ninguém
pode impedir.
Deus hoje quer nos ministrar que Ele é
um Deus de misericórdia, mas também é um Deus de justiça. Normalmente nosso
coração deseja misericórdia para nós e justiça para aqueles que nos traíram e
mentiram a nosso respeito como fizeram os irmãos de José.
Assim como entendemos de forma
simplista a Graça de Deus como “favor imerecido”, nessa mesma simplicidade
devemos compreender que a misericórdia de Deus significa as inúmeras
oportunidades que Ele nos dá de termos restaurada áreas das nossas vidas que
deixamos em segundo plano como a família, por exemplo, para alguns, que é a
mais importante.
Hoje,
devemos refletir como está nosso testemunho familiar: Lembro-me de uma vez que uma moça
insistia demais para que fossemos visitar seus pais, que seus pais iriam para o
inferno por nossa culpa etc. Um dia consegui visitar essa família e quando
cheguei fui muito bem recebido, com suco, café, bolo e ministrei ao coração de
todos, mas para minha surpresa, toda a família, os pais da moça e sua irmã
começaram a contar todas as atitudes de negligência por parte dela, inclusive
que ela ficava dois meses sem visitá-los (detalhe:
ela morava em uma casa que era parede
com parede com a casa dos pais), que ela vivia os ameaçando lembrando a eles
que eles passariam o resto da vida no inferno se não a seguissem para a igreja.
Essa história me fez refletir como eu estava em relação aos meus pais e
melhorei ainda mais meu comportamento com eles após essa experiência.
Algumas
perguntas para refletirmos: Como
somos vistos pela nossa família de sangue? Como somos vistos pela nossa família
da fé? Quais as pendências ou dívidas, sejam morais ou financeiras, que temos
com essas duas classes de família? Se forem perguntar aos seus pais, irmãos de
sangue, irmãos da fé, seus líderes, seus pastores a seu respeito, o que falarão
de você? Se perguntarem para seu cônjuge e filhos, o que eles falarão a seu
respeito? A Palavra de Deus diz que mais
vale o bom nome que as muitas riquezas.
Quando testemunhamos a respeito do
êxito em nossas células, nossa vida espiritual, ministério, a compra de um
carro novo, uma casa própria, um negócio, uma promoção, lembre-se que diante de
Deus haverá um testemunho maior que é nosso testemunho de família, seja a de
sangue ou a família da fé.
A Palavra de Deus em Rm 13 nos ensina
que a única dívida aceitável é o amor uns pelos outros. Significa que essa
dívida durará até a volta de Cristo, mas as demais dívidas devemos quitar antes
da SUA volta.
Que paz haverá em nós se exercermos
esse ministério de amor odiando nosso irmão? Odiamos nosso irmão quando devemos
e não pagamos, quando roubamos, quando resistimos em perdoar ou de nos arrependermos,
quando mentimos a respeito de nosso irmão para nossos pais, sejam de sangue ou
pais espirituais (pastores e/ou apóstolos).
A paz de Deus foi sobre José e seus
irmãos quando houve arrependimento e perdão - o fruto do arrependimento genuíno é perdão e reconciliação.
Deus compreende tanto a importância da
família que durante todo o antigo testamento ele enviou seus anjos para trazer
livramento a seu povo, trazer mensagens a eles e até usou um único anjo para
destruir Sodoma e Gomorra tamanho poder estava sobre ele, mas quando Ele
desejou salvar a humanidade Ele não enviou um anjo. Deus enviou alguém da sua
própria família, alguém muito mais poderoso, Ele enviou seu filho Jesus, numa atitude
de extrema misericórdia, para que a partir da nossa fé, recebêssemos o poder de
sermos feitos seus filhos. Deus deu a vida de um filho pela vida de toda uma
multidão de filhos que não nasceram da vontade da carne, nem de sangue, nem de
homens, mas da vontade de Deus – João 1:
12.
MINISTRAÇÃO: O posto mais alto que podemos
alcançar diante de homens e anjos, não é o de governador como o que José
alcançou, nem de músico, levita, pastor ou apóstolo, mas de filhos. Você tem
uma dívida com alguém da sua família? Precisa pedir perdão, perdoar alguém,
confessar um pecado grave? Aproveite o tempo da misericórdia antes do tempo da
justiça e busque conserto com todos lembrando que o verdadeiro arrependimento
atrai a misericórdia e gera o maravilhoso fruto da reconciliação entre nós e
Deus e entre nós e nossos irmãos.
Aqui reside a verdadeira prosperidade e riqueza ENDJ, Amém!
Fazer o apelo dizendo que o fato de recebermos Jesus
como nosso Senhor e Salvador, além de nos trazer o perdão de Deus, reconciliará
e abençoará nossa família.
Deus abençoe,
Aps. Fábio e Claudia Abbud