sexta-feira, 1 de junho de 2012

Palavra da Célula - 31/05/2012


PALAVRA PARA A CÉLULA - 31/05/2012


DEUTERONÔMIO 16:9 a 12

 Estamos nos preparando para celebrar Pentecostes. A palavra Pentecostes é de origem grega, significa “qüinquagésimo”. A Festa de Pentecostes é denominada em hebraico no velho testamento de Shavuot, que é o plural de semana. Por isso, é também conhecida como Festa das Semanas, por ser celebrada sete semanas após a Páscoa e estar relacionada com as primícias da colheita de grãos, especialmente a do trigo e cevada (Êxodo 23:16; 34:22).
            A Festa era comemorada no verão, no princípio da colheita do trigo. Era também o tempo do amadurecimento dos figos, tâmaras, cerejas e ameixas. Segundo a Lei, todo o povo de Israel deveria trazer um molho das primícias de frutos de sua colheita ao sacerdote, o qual era oferecido como oferta de movimento ao Senhor, a fim de serem aceitos diante de Deus. Por esta razão, este dia é também denominado de Festa das Primícias (Levítico 23:9)
Pentecostes era uma festa de agradecimento pelos primeiros frutos da terra, e ao mesmo tempo, uma súplica para que a bênção de Deus repousasse sobre o restante dos meses de colheita que viriam. Havia uma santa convocação (Levítico 23:15-21), isto é, todos eram convocados a celebrar. Era uma festa campestre, e um momento de muita importância na vida do povo hebreu, que era dedicado ao cultivo da terra. Era uma festa de gratidão a Deus, pois eles sabiam que, graças à benção divina, os frutos puderam ser colhidos.
           Antes de o Templo ser destruído, em Shavuot, assim como na Páscoa e em Tabernáculos (as três festas fixas estabelecidas por Deus) aconteciam grandes peregrinações para Jerusalém. Em Shavuot ou Pentecostes, grupos de agricultores vinham de todas as províncias e o país adquiria um aspecto animado, divertido e colorido. Os peregrinos se organizavam em longas caminhadas, e dirigiam-se para Jerusalém, acompanhados durante o trajeto pelos alegres sons de flauta. Em cestos decorados com fitas e flores, cada um conduzia a sua oferta; primícias de trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas, tâmaras. E, ao chegarem à Cidade Santa, eram recebidos com músicas de boas vindas e entravam no Templo, onde faziam a entrega dos seus cestos ao sacerdote. A cerimônia se completava com hinos e toques de harpas e outros instrumentos musicais.
 Shavuot também representa para os judeus a entrega da Torá (Palavra de Deus), por Deus a Moises para o povo que havia saído do Egito na páscoa. Por isso, nos dias de hoje os judeus costumam dedicar-se ao estudo da Palavra de Deus nos três dias que precedem Shavuot, tal como os israelitas no deserto se aprontavam, por ordem de Moisés, para o “terceiro dia” (Êxodo 19,15); e a primeira noite costumam passar em vigília, para relembrarem o momento em que o povo no deserto aguardava Moises até que descesse do monte com as Tabuas da Lei (os dez mandamentos) (Êxodo 19,25).
           Nos lares, são preparadas comidas especiais, preferencialmente lácteas e pratos adoçados com mel. Este costume tem uma origem muito interessante, pois deriva de uma passagem de Cântico dos Cânticos, que diz: “mel e leite há sob sua língua”, o que significa que a Tora (Palavra de Deus) é tão doce como mel e tão nutritiva como o leite.
          Nessa festa, há algumas coisas importantes para nós aprendermos como, por exemplo, ter compromisso com Deus e a Sua vontade, pois Ele é o Criador e Sustentador das leis que regem o mundo. Ele faz a distribuição da terra e manda a chuva para todos, bons e maus, homens e mulheres, jovens e crianças. E aprender a agradecer. Agradecer a Deus pelo dom da terra - para morar, plantar e se alimentar dos frutos produzidos nela.
           Agora que conhecemos a parte histórica da Festa no Antigo Testamento, vamos falar sobre o que ela representa para nós no Novo Testamento, até os dias de hoje.
           No capítulo 2 do livro de Atos, a Bíblia diz que 50 dias após a morte e ressurreição de Jesus, os 12 discípulos estavam reunidos. A Bíblia diz que junto com eles já caminhava uma “multidão de quase cento e vinte pessoas”.
           Fazia poucos dias que o Mestre e Líder Jesus havia morrido e ressuscitado. Ele não estava mais presente fisicamente entre eles. Aqueles homens podiam ter se dispersado, poderiam estar em qualquer outro lugar, mas decidiram estar juntos e buscar a presença do Senhor, quando “de repente veio do céu um som como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas como que de fogo, as quais posaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem” (ATOS 2, 1 a 4).
           A Bíblia diz que muitos ficaram maravilhados e muitos ficaram confusos, pois havia pessoas de vários povos e várias línguas, mas todos podiam ouvir uns aos outros em sua língua natal. Alguns achavam até que estavam embriagados.
           Neste momento Pedro, discípulo de Jesus, põe-se em pé e começa a pregar a todos os curiosos que ali começavam a se ajuntar, dizendo: “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá diz Deus, que do Meu Espírito derramarei sobre toda a carne: e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos” (Atos 2, 14 a 17).
           Pedro continua pregando sobre Jesus, sobre Sua morte e ressurreição, sobre salvação e coisas do Reino de Deus, e através de sua pregação três mil almas são salvas. Estas vidas eram as primícias da grande colheita que a Igreja de Jesus viria a fazer sobre a Terra.
          Será apenas uma coincidência de datas? A primícia de vidas acontecer exatamente na época que o povo judeu comemorava Shavout, a festa das primícias, das ofertas voluntárias a Deus? Claro que não!
           Deus não faz nada por acaso, ou sem preparação. Tudo o que Ele fez e faz tem uma origem, uma estratégia definida e um propósito a se alcançar.
           Assim como a Páscoa do velho testamento cumpre-se no novo testamento através da morte e ressurreição de Jesus, Pentecostes do Velho testamento cumpre-se com a primeira grande colheita de vidas, as primícias para A Igreja de Jesus.
          Até hoje esta colheita continua e eu e você somos resultado deste plano de Deus, portanto Pentecostes é tempo de celebrar, de agradecer a Deus pela salvação, pelo Espírito Santo que Ele derramou sobre a Terra, que é Nosso Consolador, e que tem nos ajudado e nos ensinado a amar e servir a Deus.
          Celebraremos esta festa com o objetivo principal de agradar a Deus, na pessoa do Senhor Jesus Cristo, testificando o que está escrito “todas as coisas foram feitas por Ele, para Ele e por intermédio Dele”.
          Jesus é, e deve ser sempre em nosso coração o centro de toda a atenção, o motivo da nossa adoração, do nosso louvor, pois, para Ele convergem todas as coisas e Ele é também o único Senhor de todas elas.
          Faremos a Festa para Ele, levando a Ele nossos frutos de amor, de adoração de gratidão, de ofertas e de vidas que serão salvas.
          Prepare uma oferta ao Senhor para entregar na Festa de Pentecostes como cumprimento da palavra de Deus em Deuteronômio 16: 16 e 17: “Três vezes ao ano, todos os teus homens aparecerão perante o Senhor teu Deus, no lugar que Ele escolher: na Festa dos pães Ásmos (Páscoa), na Festa das Semanas (PENTECOSTES), e na Festa dos Tabernáculos. Não aparecerão de mãos vazias perante o Senhor; cada qual oferecerá conforme puder, conforme a benção que o Senhor teu Deus lhe houver dado”.

             Deus abençoe a todos com novas bênçãos liberadas pelo Espírito Santo em nome de JESUS!

           Amamos vocês!
         Apóstolos Fábio e Claudia Abbud

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